“Previdência mais social para todos”, projetou o ministro da pasta, Carlos Lupi, ao se reunir, nesta quinta-feira (19), com dirigentes de centrais sindicais, em Brasília (DF), para discutir o fortalecimento conjunto de “uma das principais ferramentas públicas de garantia da cidadania do Brasil”.
Incentivando o diálogo plural, Lupi citou o compromisso do governo federal com a retomada do progresso econômico socialmente responsável a partir de medidas determinantes, como a recriação do Ministério.
“Estamos refundando um órgão que garante direitos de mais de 37 milhões de segurados. São vidas beneficiadas, a cada dia, em todos os municípios do nosso imenso país”, destacou, após a confirmação da criação do Observatório Social da Previdência, em parceria com as centrais, DIEESE, Organização Internacional do Trabalho (OIT), IPEA, entre outros parceiros.
“Alinhado com o presidente Lula, trabalhamos para ouvir a sociedade e buscar soluções viáveis para a evolução da centenária Previdência. E este movimento trará resultados positivos em um curto prazo”, complementou.
A projeção inclui a eliminação da fila para análise de requerimentos no INSS, que foi uma das prioridades anunciadas pela nova gestão na posse, no início do mês.
“Ao lado dos servidores, que são altamente qualificados e comprometidos, implantaremos ações que permitirão aos brasileiros a efetivação do benefício de forma mais prática, rápida e segura”, disse Lupi.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, valorizou a posse do ministro e mencionou o compromisso de auxiliar a pasta diante da realidade apresentada.
“As centrais e os sindicatos filiados estão à disposição para contribuir com o avanço do Brasil”, disse, ressaltando o potencial e capilaridade dos sindicatos nos estados.
Ao longo da manifestação, apontou ainda a necessidade de debate sobre o Conselho Nacional de Previdência e a atuação dos sindicatos rurais.
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical Central Sindical, ratificou a urgência de reduzir o prazo para conclusão das análises, no INSS, além de outras questões vinculadas às rotinas internas da autarquia federal.
“Reivindicamos que a fila ande, pois as pessoas precisam desses benefícios”, explicou.
Entre os demais presentes, Sergio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Miguel Torres, presidente da Força Sindical (FS); Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT); Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Nova Central (NCST); José Gozze, presidente da Central do Servidor Públicos; Emanuel Melato, presidente da Intersindical – Instrumento de Lutas e Luiz Carlos Prates, presidente da Central Sindical e Popular (CSP).
União e reconstrução
No Palácio do Planalto, o presidente da República iniciou, na manhã de ontem (18), a série de debates com lideranças dos trabalhadores. No seu discurso, o chefe do Executivo salientou o lema da sua gestão para mudar a realidade dos últimos anos.
“Vocês estão com sede de participação, porque vocês sabem que a gente não pode fazer tudo de uma única vez. Vocês sabem que o nosso lema é ‘União e Reconstrução’ desse país. Porque nós pegamos esse país semidestruído. A Comissão de Transição encontrou todas as áreas do governo muito fragilizadas”, afirmou.
Na cerimônia, o presidente determinou aos ministros do Trabalho e Emprego; Fazenda; Planejamento e Orçamento; Previdência Social; e Desenvolvimento, Indústria e Comércio; bem como à Secretaria-Geral e à Casa Civil da Presidência da República, que elaborem uma nova política de valorização do salário mínimo. A proposta deverá ser entregue no prazo de 45 dias, prorrogável por igual período.
0 comentários