Pelo menos 12 gaúchos fazem parte dos grupos técnicos de trabalho do governo de transição em Brasília, que conta com quase 300 integrantes. Entre eles estão políticos que já ocuparam ministérios nos governos anteriores de Lula e de Dilma Rousseff e políticos de difentes partidos. Os representantes do RS estão espalhados pelas mais diversas áreas, em 31 grupos. O último a ser anunciado foi o economista Márcio Pochmann, para o Planejamento, Orçamento e Gestão.
Natural de Venâncio Aires, Pochmann, que fez carreira acadêmica e política no estado de São Paulo, ocupará a vaga que era do ex-ministro Guido Mantega, que pediu para deixar o cargo na transição, alegando que adversários políticos estavam usando a condenação que recebeu do Tribunal de Contas da União (TCU), no processo das pedaladas fiscais, para tumultuar o processo. Mantega está impedido de assumir cargos públicos até fevereiro de 2030. A alteração foi confirmada no Díário Oficial da última quinta-feira.
O substituto Márcio Pochmann é professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde 1989 e autor de livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas. Foi secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da cidade de São Paulo, na gestão de Marta Suplicy (PT), entre 2001 e 2004, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2007 e 2012.
O economista deixou o instituto para concorrer pelo PT a prefeitura de Campinas, não obtendo sucesso nas eleições municipais de 2012, nem de 2016 quando tentou novamente o cargo. Em 2018, foi candidato a deputado federal pelo estado de São Paulo, mas também não se elegeu. Pochmann presidiu também a Fundação Perseu Abramo, entidade de pesquisa, estudo e formação política do PT, do final de 2012 até abril deste ano.
Márcio Pochmann foi o último gaúcho a ser nomeado para a transição. Foto: PT / Divulgação
Além dos 12 integrantes dos grupos técnicos, a advogada e Procuradora-geral do Município de São Leopoldo, Angelita da Rosa, fará parte da equipe técnica jurídica da transição do Ministério da Saúde. Especialista em Direito Público e Constitucional, ela é mestranda em Direito Médico e sócia-fundadora da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
Na última quarta-feira, o vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a maioria dos intregrantes atua de forma voluntária. Ele priorizará servidores públicos que precisam se afastar de suas funções para se dedicar à equipe, preenchendo 50 cargos oficiais, que poderão receber remuneração de até R$ 17 mil. Destes, Alckmin disse ter nomeado, até agora, 14.
Fonte Correio do Povo
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